Dia 09 de maio é o Dia Nacional do Turismo. Nesta data, no ano de 1916, o governo do Paraná iniciou processo de desapropriação das terras das Cataratas do Iguaçu com objetivo de criar uma reserva ambiental turística pública. No dia 28 de julho de 1916, entrou em vigor o Decreto Estadual nº 653/1916, prevendo que uma área de mais de mil hectares na fronteira com a Argentina, deveria ser convertida em área estatal, se tornando em 1939, parte integrante do Parque Nacional do Iguaçu. No dia 9 de maio de 2012, durante no governo Dilma Rousseff, foi reverendado a homenagem anual ao dia do turismo em todos os 08 de maio.
Atualmente o parque atua em regime de concessão governamental à iniciativa privada. O Governo obteve R$ 375 milhões no leilão do parque das Cataratas do Iguaçu, arrematado em pregão em abril de 2022 em um contrato que prevê exploração comercial por 30 anos e investimentos de R$ 500 milhões. Este modelo de governança, apesar de gerar lucros para sociedade e isentar o governo de custos de manutenção, no entanto, não garante a inclusão sociorracial a esse tipo de lazer público, que passa a custar muito caro para a maioria da população brasileira. O movimento ARTetetura e HUMANismo escolheu esta data para lançar um dos subprodutos da pesquisa artetetural humanista que é o ARTeteTurismo. Atento à tentativa de malbaratamento da pauta ministerial cultural, que hoje tem somente status de secretaria e é subordinada ao Ministério do Turismo, temos desde 2021 trabalhado para desenvolver um novo campo epistemológico que contemple essa nova realidade estrutural, mas invertendo os polos da relação por colocar sempre, como sempre, a ARTE em primeiro lugar. Com esta modalidade teórico-analítica e prático-metodológica iremos perscrutar a arquitetura dos caminhos e descaminhos da arte de viajar e de viajar pela arte. Isso porque, nós entendemos as paisagens como substratos naturais e arquitetônicos tangíveis, mas também imateriais. Por meio da cartografia do imaginário e da geografia da infância, por exemplo, temos visto que os espaços são poéticos e culturais, lugares também construídos socialmente pela mente e seu óculos 3D natural. Se você disser que eu "estou viajando" com essas conceituações e exemplificações, quer dizer que você estará certo e o que estou dizendo faz todo sentido. Boa viagem nessa experiência ARTeteTurística do ARTetetura e HUMANismo.
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FRED LE BLUEP.H.D. Urban Planning IPPUR/UFRJ; mestre em Memória Social PPGMS/UNIRIO; graduado em Comunicação Social FIC/UFG; Pesquisador associado do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-UFRJ); Idealizador do Movimento Artetetura e Humanismo e do LAH-AQUI (Laboratório de Artetetura e Humanismo de Ações para Questões Urbanas Insolúveis); Editor da Editora Brasilha Teimosa e da Coleção "Artetetura e Humanismo: Olhar do artista, mãos de arquiteto" e autor de livros, filmes, músicas e WEB séries de educação política patrimonial e socioambiental (youtube.com/fredleblue)
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Novembro 2023
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