Topografia acidentada é a matéria prima mineral indispensável para o CrossFut, um tipo futebol amineirado reinventado em Belo Horizonte acidentalmente. Em meio a pandemia de COVID-19, a quarentena não poderia significar sedentarismo, já que isso é uma das comorbidades que intensificam as chances de se tornar sintomáticos para doença. Como todos os esportes coletivos foram suspensos e mesmo os campeonatos estaduais, como o mineiro, foram interrompidos por mais 3 meses, o jeito foi usar a cabeça para fazer gols com pés para praticar de uma hora diária de atividade física. Sem deixar de seguir o isolamento social e uso de máscara, Fred Le Blue tira proveito da protuberância geológica do meio ambiente mineiro para interagir socialmente com a natureza. O filme, inspirado na estética de videogames de tiro com câmera subjetiva, como Counter Strike, é acompanhando de uma trilha sonora exclusiva composta pelo diretor, "China in Ball". O resultado é uma espécie de parkour, skate, alpinismo, squash, crossfit, game e futebol. O desafiador CrossFut é aventura urbana que tem tudo para se tornar mais popular do que queijo mineiro, cativando a juventude que crescentemente tem soltado pipas com linhas chilenas (cerol), por causa do tédio da quarentena. Ladeira convidativas é que não vão faltar. Quem diria, que uma bola made in China iria criar um futebol made in Minas? Projeto inter(trans)disciplinar de terapia ocupacional, educação física, psicogeografia, geotécnica e biografia material, que aponta para a possibilidade reaproprição cultural e esportiva dos espaços e das coisas de maneira criativa e leve. Filme exibido no Curta Quarentena Festival, este é um trabalho de interartes que tenta compensar a falta de sociabilidade com humanização de uma bola de futebol que se torna o personagem principal do filme, ao contrário do filme "Naúfrago", - inspiração do projeto -, em que a bola de volley Wilson é um mero coadjuvante.
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Conto: Bicgrafia
Autor: Fred Le Blue Sinopse: Biografia de uma caneta BIC que revela fragmentos da história política brasileira recente do período militar e seus impactos até os dias de hoje. GABO: Fred Le Blue, qual foi a inspiração para criar o conto Bicgrafia"? FRED LE BLUE: Esse conto autobiográfico de um objeto inanimado, que dá vida política a uma caneta BIC, surgiu da necessidade de tratar temas da história recente do Brasil, como a ditadura empresarial-civil-militar, de maneira mais acessível, empática e poética. Como há uma tendência ao esquecimento planejado no país de assuntos considerados espinhosos como esse, optei por utilizar como estratégia de mediação com o público, a humanização desse elemento comum do cotidiano de qualquer pessoa, que é a caneta, como uma forma de denúncia do desaparelhamento das políticas públicas de justiça e memória no país. Fazendo as coisas e espaços testemunharem é uma forma de contribuir para criar um ambiente mais propício para o diálogo assertivo sobre os crimes cometidos pelo Estado Brasileiro, justamente para que a população não assinem em baixo em relação às violações de direitos humanos com os Atos Inconstitucionais que ocorreram na época. GABO: O que o público pode esperar da história? FRED LE BLUE: É uma estória que trata da história da democracia no Brasil de maneira mágica e fantástica, se atendo aos pontos historiográficos mais controversos, sempre tentando extrair alguma lição de moral que aponte para a relevância de conhecer criticamente nossa memória temporal-espacial e individual-coletiva para que haja alguma perspectiva de cidadania plena futura. Eu costumo chamar essa metodologia de "retro-pers-pectiva". GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto? FRED LE BLUE: Tenho escrito sempre sobre temas dos direitos humanos, em geral. Já havia escrito uma peça pueril de teatro escolar sobre o Navio Negreiro, a partir da obra de Castro Alves, chamada "Ouro Negro" e também um conto na minha fase adolescente "Um Mico que nunca pagou mico" sobre a questão do racismo e xenofobismo. Em 2011, escrevi um musical para dar visibilidade sobre o papel socioambiental dos garis "Gari e a Parisiense", tendo em 2014 (mesmo ano de BICGRAFIA), escrito também um outro musical releitura da obra "Alice no País das Maravilhas" sobre a questão da cidade informal no Rio intitulado "Alice na Cidade Maravilha". Mas sobre o tema da democracia e ditadura no Brasil, de fato foi a primeira vez. Em 2015, influenciado pelo conto, escrevi um artigo acadêmico sobre o movimento social ocorrido em 2014 no Rio, o OCUPA DOPS, que visava construir um memorial sobre a perseguição política no antigo prédio do Dops. O trabalho era uma exigência de um edital em 2015 do Ministério da Justiça para o cargo de mobilizador do Memorial da Anistia em Belo Horizonte. Como após ter sido aprovado em todas as etapas, o processo foi cancelado misteriosamente ainda no governo Dilma, comecei a tentar publicar o artigo para denunciar os retrocessos que se anunciava já em 2015, juntamente com o conto em anexo. Mas não houve êxito pois, em geral, o meio acadêmico, ainda muito especializado e positivista, tem muito receio em utilizar a literatura como ferramenta de educação e divulgação científica. Foi quando decidi desmembrar os dois e publicar aqui o conto. GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto? FRED LE BLUE: É um tema-tabu que não é fácil ser trabalhado no Brasil tanto na Ciência quanto na Arte, principalmente, por questões da maneira como recalcamos esse trauma coletivo em função de uma falsa cordialidade. Eu fiz mestrado em Memória Social na UNIRIO na Urca do lado do prédio da Marinha, mas infelizmente essas questões não eram abordadas com proficiência. Comecei a ver os documentários produzidos pelas Clínicas de Testemunhos e Comissão da Verdade para compensar essa lacuna da minha formação. Depois disso, fiz um curso de pedagogia da Memória no Consulado da Argentina, que me permitiu ver como nesse país, em que houve a revisão da Anistia com punição de torturadores das altas patentes, há um cultura de memória mais salutar que a nossa, tendo no ensino médio, uma disciplina obrigatória de "política e cidadania". GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto? FRED LE BLUE: Espero que ele possa contribuir para zelarmos pela saúde da democracia no Brasil que está respirando por aparelhos juntos com os milhares de hospitalizados por COVID-19 em 2020. A minha expectativa maior é poder, juntamente, com futuros trabalhos ficcionais paradidáticos ou didáticos-acadêmicos da Editora Multimídia Brasília Teimosa, amplificar a qualidade da escuta ativa das diferenças sexuais, sociais, raciais, físicas, religiosas, culturais e, sobretudo, políticas, em prol de um multiculturalismo crítico baseado em relações de tolerância mútua e alteridade antropológica. GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria? FRED LE BLUE: Resiliência. GABO: Deixe uma mensagem para o público. FRED LE BLUE: Espero juntamente com os demais contistas poder preencher um pouco esse vazio dos dias de quarentena de todos os leitores-amigos. E que possamos juntos com essa fiel comunidade do WEB TV somar forças para defender o único ativo que de fato pertence a todos, que é a democracia. Sigo aberto ao diálogo com leitores e escritores entusiastas da literatura combativa e responsável no email [email protected]. https://www.redewtv.com/2021/01/avant-premiere-4x01-contos-literarios.html Um duelo de duas forças desigualmente fortes começou a ser travada em Beorizonte City. O fantasma B.A.H. tem feito contorcionismo em toda região metropolitana para defender a cidade pedindo para que os jovens fiquem em casa para não se tornarem reféns do destemido morcego Pampolho que insiste em destilar seus venenos com altas dosagens de COVID pelos bares e esquinas da vida, enquanto desfila pela Orla da Lagoa da Pampulha.
O fato dos jovens serem, não em todos os casos, assintomáticos para a pandemia de Corona Vírus não deve ser motivo para bancar o super-herói, até mesmo porque, eles podem se tornar transmissores desse vírus que teve originalmente os morcegos como hospedeiros. Salva vidas mesmo, a sua e dos parentes mais suscetíveis à doença, quem fica tranquilão em casa maratonando os filmes do Batman. Quem vencerá esse duelo de monstros do bem e do mal? Depende de que lado você lutará nessa guerra de vida ou morte que começa dentro de cada um de nós. A globalização e digitalização da vida não tem substituído o talento dos homens lentos de Milton Santos. Na cidade da velocidade das obras 24 hs para atender um mercado rentista que tenta cada vez mais reduzir o horizonte ao tamanho de uma tela de celular, espaços de interesse público são disputados por diversos grupos privados em detrimento da população, que privada de locais adequados para sociabilização face-a-face, se embrutece em meio ao caos dos meios de transportes lotados. Em uma São Paulo, em que os espaços são cada vez mais algoritmizados pelo tempo da internet (redes sociais), a subjetividade individual e/ou coletiva ainda resiste com "pracialidade" em alguns locais de resistência popular de direito a cidade e empoderamento urbano.
É o caso da Praça Franklin Roosevelt no Bairro da Republica (no final da Rua Augusta). Por meio de diversos comportamentos espaciais festivos (café, bares e restaurantes), religiosos (Igreja Nossa Senhora da Consolação), estatais (Inspetoria Regional Consolação/Pacaembu), sociais (atos e manifestações), culturais (Sla da Resistência, Parlapatões, Saytros, Teatro do Ator, Teatro Guariba e Teatro SP,...), esportivos (skate, ginástica, ...), educacionais (Escola Teatro, SP, EMEI Patrícia Galvão, Escola Estadual Caetano de Campos, jurídicas (Fórum de Execução Fiscal) espirituais (Tai Chi, Yoga,...) e até habitacionais (moradores de rua) esse é um dos poucos locais da cidade onde todos as tribos se encontram de maneira relativamente pacífica. Esse espírito de civilismo republicano expresso aponta para a possibilidade radical de conter o predomínio hegemônico das empreiteiras construtores de desigualdade sócio espacial, por meio de um esquema de cartelização intercorporativo com 6 empresas em licitações de obras públicas no Estado e de lobby (corrupção) com políticos para modificarem o estatuto do Plano Diretor da Cidade. Além de aumentarem o potencial construtivo de zonas urbanas e terrenos privados em São Paulo, o que tende a encarecer os aluguéis e o custo de vida de todos os moradores, bem como tornar ainda mais insustentável os problemas de saneamento básico e transporte público na metrópole paulistana. Neste documentário Fred Le Blue mostra a partir da música new age "Ciência Ficcional" composta por ele e da estética de pessoas-paisagens (culturais), que os diversos usos pessoais da praça pública, inclusive este de um documentário sobre ela com trilha de ficção científica, são interdependentes e só serão harmônico quando o bem comum estiver acima do interesse privado. Afinal, todas as pessoas são púbicas e todas as praças são pessoais.
"Parasita" (2019), filme koreano do sul de Bong Joon-ho que surpreendeu ao ganhar 4 Oscar em 2020, inclusive, de melhor filme, diretor e roteiro original é uma película sobre a ecologia humana e "cadeia alimentar", no tocante à distribuição econômica, demográfica, laboral e habitacional e estratégias parasitarias e/ou protocooperativas para subverter suas desigualdades. O tema principal que é empreendedorismo profissional e habitação social é premente porque vivemos na era dos alugueis de endereços fictícios para empresas iniciantes e dos quartos compartilhados para pessoas desempoderadas.
O drama do filme é apresentado através de uma família moradores de apartamentos-porões semisubterrâneos (banjiha) com janela de ventilação na altura da rua em "guetos morais" (PARK, 1967) de Seul. Os Kim, uma espécie de Simpson da Coreia, são compostos por 4 sujeitos desumanizados pela falta de oportunidades de estudo e trabalho, o que a leva a ter que criar condições de sobrevivências criativas a partir de empresas caseiras (caixas de Pizza) e, posteriormente, pequenos golpes que consistia na criação de uma rede cooperativa de recomendação laboral forjada entre seus membros para trabalharem na mesma mansão, da família Park, - cujo provedor trabalha no setor de tecnologia criativa, muito expressivo na Coreia. Sem poderem se assumir como familiares, ocorre uma despersonificação da subjetividade individual e grupal, cuja fragmentação se torna ainda maior quando esses parentes descobrem, quando os Park viajam para comemorar o aniversário do casula, que no porão da casa morava um fugitivo pela polícia mantido pela sua esposa, a ex-governanta da casa que fora demitida após um complô da família Kim. A disputa violenta entre esses 2 grupos pelo poder paralelo nas bordas da atuação da matriarca da casa dos Park, se torna patética por envolver somente as rapas e restos de sua vida de alto padrão, no que desmistifica a imagem de desenvolvimento econômico e social dos Tigres Asiáticos. A situação fica ainda mais socialmente sensível quando os Kim ficam desalojados por seu apartamento ter ficado debaixo d´água, após uma enchente, semelhante, a que ocorreu em São Paulo em fevereiro de 2020. Com uma narrativa entrecortada de reviravoltas o filme, que se assemelhe a estória do "O Som ao Redor" (2013) do pernambucano Mendonça - cuja temática da milícia e violência urbana tem origem no potentado oligárquico -, tem uma típica estrutura da linguagem cinematográfica americana, e, talvez, por isso, tenha agradado a Academia e seus seguidores. Independente da originalidade estética da obra, o enredo, realmente, é um prato cheio para pensar a situação semifamélica de muitos indivíduos de grandes cidades, bem como a falta de infra-estrutura urbana com serviços básicos e direitos universais de suas áreas periféricas, que tem se tornado depósitos de gente tratadas pior do que bichos em casa de rico. Até quando metrópoles como Seul e São Paulo, cidade com grande concentração de sul coreanos migrados continuaram a vender miragens de paraíso na terra nos panfletos imobiliários que não revelam a Paraisópolis que se tornou suas paisagens. Além disso, há uma leitura mais subliminar a partir da escolha do nome do ditador Kim Jong-un para o sobrenome da família protagonista, o que remete também aos resíduos geopolíticos da Guerra Fria e os conflitos ideológicos entre comunismo e capitalismo Coreia do Norte e do Sul, representando respectivamente pelas famílias Kim e Park, haja vista que são os migrantes de periferias mais pobres os que se tornam soldado raso com vida e salário precário na economia global monopolista espoliativa. No limite disso, o filme denuncia que a desigualdade socioespacial geradora de luta de intra e interclasses no interior do Seul tem equivalência estrutural com o imperialismo econômico verificado na relação entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, em que os maiores parasitas são aqueles que comem pizza com sangue ás custas da quebradeira e endividamento do outro. LE BLUE: "_Eu tô com medo. Faz tempo que eu não tinha este sentimento, porque a arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – e então vira-se-á piada como é a programação novelística da TV Globo no início de 2020, todas focadas no tema da Tradição, Família e Propriedade, valores defendidos tanto por sua atriz mais famosa, Regina Duarte, que agora concorre a vaga de ministra de um ministério fantasma, quanto pelo atual presidente, outrora "antiglobalismo", em um casamento por interesses (institucionais da Globo e governamentais de Bolso) que consolida o processo de desmonte da diversidade cultural.
CASINHA DE CACHORRO o espaço privado se torna públicoA situação dos cachorros de rua não é resolvido com adoção por famílias generosas. Enquanto ele não ganha sua casinha própria ele continua a vagar pela casa sem um canto para chamar de seu. Dessa forma, por mais confortável que seja a casa ele não criou o sentido de identidade canina que é importante para sua evolução enquanto espécie. Ao ser humanizado pela vida social com a cara dos seus "donos", o cão que passa a ter um lar, continua, amiúde, sem uma casinha. Para suprir carências dos humanos, ao ocupar papéis sociais que não são seus, sedento por alertas de mensagem de what´s up que nunca chegam, o cão passa a ter credenciais para dormir no quarto e na cama e passa a ser assim, um sujeito sem lugar. Exposto no espaço privado tornado público quase que 100% do dia o cão é o Chaves sem o seu barril. Sempre em sua cidade do interior interior, o cão parece escravo de sua fidelidade canina socializante aos seus melhores amigos que faz a qualquer momento do dia, crente de que as relações sociais não precisam ser efêmeras e podem durar intensamente o tempo de vários cafezinhos com ração. Porém, a ausência de privacidade que ele acaba vivendo se transforma, por vezes, em invasão estabanada do espaço alheio. A importância do programa de habitação social de cães reside aí nessa luta pelos direitos dos animais para que eles possam adquirir ensinamentos humanos na relação homem-animal mas sem somatizar conteúdos desses, afinal, não deve ser tão osso assim a vida de cão. MAISON DU GATEAU, o espaço público se torna privadoA situação das gatos de família é sintomática da atual conjuntura psicossociológica
na era da quarta revolução industrial. Acossados no espaço privado, esses gatunos soturnos estão perdendo sua propriedade ninja de escalar paredes e, pisando em ovos, cair na fara pelos telhados de vidros das casas vizinhas. Castrados em seu cio de descobertas e bem-aventuranças, os gatos estão cada vez mais invisíveis socialmente e tem se tornado sociofóbicos, avessos à aparições públicas (ainda que parciais) e balaios de gatos, que sempre remontaram a diversidade do cosmopolitismo felino felliniano. Ao ser desencantado de sua graça natural, os gatos tem imposto seu fascismo bairrista que parecem não fazer ron-ron para pessoas diferenciadas, como migrantes e refugiados - só para uns gatos pingados em seu círculo íntimo. Apesar da proximidade visual, o gato prefere manter um distanciamento físico dos seus concidadãos e não deixar mais seu rabinho flutuar livre e solto entremuros. Se mantem preservado de riscos paranoicos de violência urbana, como ódio contra pichadores, que criou para manter intacto seu longo bigode e sua solidão tirânica. A importância do programa de visibilidade social de gatos reside aí nessa luta pelos direitos dos animais para que eles possam adquirir ensinamentos humanos na relação homem-animal mas sem se somatizar conteúdos desses, afinal, não é só o gato de botas que tem muita estória para contar. O movimento Artetetura e Humanismo está mobilizado esforços para realizar o projeto sociocultural de arte urbana para transformar o comportamento espacial e paisagem cultural de um espaço público. No caso o lago da Aclimação, cujo silhueta topográfica remete iconicamente ao continente africano. A área fica próxima do local de moradia de muitos refugiados em São Paulo (Cambuci e Glicério).
A obra objetual feita em um cortiço do bairro da Aclimação, o "parangolé de parede ÁFRICA ACLIMATIZADA" (2019) de Fred le Blue, é uma ação de arte urbana interativa composta de repertórios plásticos referentes à cultura africana e afro-brasileira. Os objetos temáticos foram dispostos pelo artista no interior do desenho do formato do lago da Aclimação, que apresenta semelhança icônica de sua silhueta topográfica com o mapa do continente africano. Tal Iniciativa complementa os esforços que já são feitos para atender as necessidades básicas desses migrantes, como ensino de idiomas e regularização de documentos, pois a inclusão cultural e Simbólica permite a eles criarem sentido cotidiano de pertencimento local. O que é determinante para catalisar uma reapropriação empoderadora do espaço público, o que pode resultar em um processo de adaptação cultural e adequação territorial em São Paulo mais efetivo e rápido. |
FRED LE BLUEP.H.D. Urban Planning IPPUR/UFRJ; mestre em Memória Social PPGMS/UNIRIO; graduado em Comunicação Social FIC/UFG; Pesquisador associado do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-UFRJ); Idealizador do Movimento Artetetura e Humanismo e do LAH-AQUI (Laboratório de Artetetura e Humanismo de Ações para Questões Urbanas Insolúveis); Editor da Editora Brasilha Teimosa e da Coleção "Artetetura e Humanismo: Olhar do artista, mãos de arquiteto" e autor de livros, filmes, músicas e WEB séries de educação política patrimonial e socioambiental (youtube.com/fredleblue)
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Novembro 2023
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